AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTE PROJETO DE LEI QUE DELIMITA HORÁRIO PARA CIRCULAÇÃO DE CAMINHÕES NO CENTRO DA CIDADE

Administração - Quarta-feira, 16 de Abril de 2014


AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTE PROJETO DE LEI QUE DELIMITA HORÁRIO PARA CIRCULAÇÃO DE CAMINHÕES NO CENTRO DA CIDADE No dia 14 d abril, no Plenário da Câmara Municipal de Apiaí aconteceu uma audiência pública para tratar sobre o Projeto de Lei n° 89/2014 de autoria do vereador Samuel Antonio Carriel de Lima que dispões sobre a delimitação de área e horário para circulação, carga e descarga de caminhões na área central da cidade. Estiveram presentes os vereadores Samuel do PT, Marco Chiodi, Polaco Moura, Maurício Stallmach, Vanderlei, Renato Coelho, o vice prefeito Café, o presidente da Associação Comercial Theodoro Junior, o presidente da Cooperativa de Transporte de Apiaí Gilberto Lisboa, o gerente da Intercement Edson Gomes, Pastor Wagner, entre outros representantes do Comércio. Samuel apresentou o Projeto, dizendo “Entendo que temos que ouvir os cidadãos para saber a opinião e com isso propor emendas. Estamos lutando para a construção de um anel viário no município, em conjunto com outras cidades, como Capão Bonito, Capão, Guapiara e Ribeira. Embora tenha sido feito estudo, ainda não ficou decidido nada. A estrada entre Apiaí e Guapiara será arrumada e estamos lutando para que sejam eliminadas algumas curvas. Esse projeto é um texto base para discussão”. O vereador Marco Chiodi comentou que Apiaí cresceu em torno da estrada, pois existia a BR aqui, com isso existiam várias coisas que foram fechadas devido à falta dos caminhoneiros que passam por aqui. O progresso traz poluição e barulho. “Eu acho que este projeto, do jeito que está, é completamente errado, pois não existe alternativa, uma vez que não tem outra opção de caminho. Entendo que Apiaí está regredindo com esse projeto. Apiaí começou a viver de novo por causa da Camargo Correa, por conta disso temos mercado grande. É o movimento que traz o progresso”. Polaco Moura esclareceu que este projeto é difícil de adaptar no município, uma vez que os postos de gasolina ficam no centro da cidade. “É necessário ter o desvio de trânsito, mas como não existe o desvio ainda, não tem como ser aplicada esta lei. Se este projeto for aprovado, nem sequer os postos de gasolina serão atendidos”. Vanderlei disse que “Estamos debatendo com o DER sobre o anel viário. Pedimos o apoio da Intercement para que consigamos ter este desvio de trânsito. Em curto prazo temos algumas alternativas, como por exemplo, estacionamento em um só lado da Rua Dr. Gabriel Ribeiro dos Santos, deixar a via com mão única. Temos que pensar que a circulação de caminhões pela cidade deve aumentar muito com a fábrica de Adrianópolis”. Maurício Stallmach afirmou que “No Centro da cidade quem sofre mais são os comerciantes, mas como se trata de rodovia, é complicado tirar o trânsito da Rua Dr. Gabriel Ribeiro dos Santos”. O vive prefeito Café entende que este projeto já deveria ter sido implantado no município há muito tempo. “As ruas da cidade não comportam o peso dos caminhões que passam pelo centro. A rodovia comporta. A Intercement pode nos ajudar para conseguirmos o anel viário, pois tem força política. Quando o Governador esteve aqui no ano passado, eu e o prefeito Ari conversamos com ele a respeito do anel viário e ele mandou que um técnico viesse verificar a possibilidade. Atualmente não tem por onde desviar o trânsito. Estamos amarrados. Nossa única alternativa é a construção desse anel viário. Podemos ter algumas situações paliativas, mas ainda não conseguiremos resolver o problema. Temos problemas de limpeza, buracos nas vias, e quem sofre mais é o executivo que é o mais cobrado”. Zelito, que faz parte da Cooperativa de Transportes de Apiaí afirmou que “tem que trazer um especialista em trânsito para ele avaliar o que dá para ser feito, pois o anel viário é uma coisa muito demorada para ser feito e ainda nem saiu do papel”. Polaco diz que concorda com Zelito. “O projeto não diz onde ficariam os caminhões esperando para passar pelo centro da cidade. Não existe pátio e nem espaço físico para construir um pátio”. Carli gerente da Intercement esclareceu que “uma restrição desse tipo afetaria e muito a nossa fábrica. Hoje trabalhamos com 100% da capacidade da fábrica. Se for reduzido o horário de tráfego no centro da cidade, teríamos que diminuir a produção. Com isso acabaria afetando todo o município. Concordo que temos que encontrar uma solução em conjunto, para termos uma regra de convivência e brigarmos juntos por uma solução definitiva. Os caminhões que carregam e descarregam em nossa fábrica são de clientes, ou seja, mão está somente em nossas mãos. Se diminuir o horário durante o dia, seria o dobro de caminhões circulando a noite. A fábrica não tem condições de mudar tudo para noite. Seria um impacto negativo para a empresa e para a cidade. Ficaríamos muito prejudicados”. Gilberto Lisboa, presidente da Cooperativa de Transporte de Apiaí disse que “para o desenvolvimento do município, esse projeto é caótico. Temos que encontrar uma convivência saudável. Nesse momento, se delimitar o transporte é um problema muito sério”. Theodoro, presidente da Associação Comercial explicou que “Todos os problemas que estamos discutindo sobre o trânsito é porque a cidade está se desenvolvendo. Para o comércio, nosso maior problema é a sujeira no Centro. A meu ver, deveria voltar a funcionar a zona azul. Ter carga e descarga em lugares específicos, mas não restringir o trânsito de caminhões. Isso seria caótico. As lojas de roupas perdem preço porque as roupas sujam. Poderiam limpar o pátio da Intercement e com isso eliminaria a sujeira do centro”. Geraldo Borges, presidente da Guarda Mirim informou que estão à disposição do município para a reimplantação da zona azul, “O Ministério do Trabalho não permite que os meninos que forem trabalhar na zona azul tenham entre 16 e 17 anos, somente permitem os maiores de 18 anos e com Carteira de trabalho assinadas, por isso que foi eliminada a zona azul”. Saulo da Intercement falou que “A ideia é ótima, mas não é aplicável, pois se fecharmos por um dia a estrada de Apiaí a Guapiara, por exemplo, a fila de carros e caminhões seria imensa”. Pastor Wagner declarou que “O grande mérito do Projeto é a discussão. Pensar antes, diminui os problemas depois. Não tem como solucionar o problema de um, criando problema para o outro. Primeiro precisamos encontrar todos os problemas, em seguida ir encontrando as soluções, cada coisa que seja viável a todos”. Samuel agradeceu a contribuição de todos e finalizou dizendo sobre a importância de debater assuntos importantes para o desenvolvimento urbano e urbanístico em nosso município.

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